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Matéria - Como Proteger seu PC - Parte 2: Tipos de Vírus

Muitos de meus alunos perguntam, qual a diferença entre cavalo de Tróia, Vírus, arquivos *.scr, etc. Nesta matéria tentarei fazer com que vocês compreendam o que é cada uma delas, e iremos contar com o "Guia do Hardware" para isso.

Definição de Trojan

O nome trojan é uma alusão à história do antigo cavalo de tróia, em que o governante da cidade de Tróia na antiga Grécia foi presenteado com um cavalo de madeira no qual havia escondido soldados inimigos. Possui muitas características similares aos vírus, tais como: perda de arquivos, falhas na memória, erros em periféricos, etc... A grande diferença é que o trojan pode ser considerado um vírus inteligente, pois é controlado à distância pela pessoa que o instalou. Esse indivíduo então, consegue “enxergar” o seu computador, podendo realizar desde as mais simples tarefas como mexer o mouse à utilização do seu IP como ponte para outros ataques. Conseguem ficar escondidos em arquivos de inicialização do sistema operacional e se iniciam toda vez que a máquina é ligada.

Syn-flood

O tipo de ataque usado para gerar o ip spoof. A autenticação por Syn é feita em três vias. O ataque consiste em não completar essas três vias. Mais ou menos assim. No caso do ping, ele é em duas vias, apenas envia o pacote e recebe a resposta. Para o Syn-flood, primeiro é enviado o pacote Syn e logo depois teria que ser enviado o Ack para a conexão se estabelecer, mas ele não é enviado, fazendo com que a máquina alvo consuma seus recursos ao receber muitos Syns e esperar muitos Acks. O ataque por ping é parecido, é enviado vários pings com grandes pacotes fazendo com que um sistema trave. Mas é mais difícil de ocorrer o travamento do que o ataque por syn.

Denial of Service

A diferença entre um cracker e um script kiddie pode ser vista aqui. Um invasor decente estuda em detalhes o sistema alvo, às vezes por meses, conhecendo todo o seu processo de autenticação, usuários e falhas que podem levá-lo a ter acesso a arquivos vitais. Já o script kiddie pega algum programinha de alguma homepage duvidável de fundo preto e imagens de caveiras animadas, tenta usá-lo no primeiro sistema que vê na frente e se não consegue invadí-lo , o derruba para mostrar que é “bom”. Isso é absolutamente inútil, afinal se o sistema travar e cair devido ao Denial of Service, provavelmente ele volta a funcionar com questão de poucos minutos. Ou o administrador competente rapidamente percebe. Alguns programas bons para essa tarefa são o Agressor, o IGMP Nuker e o Divine Intervention (para Windows). Para Linux e Unix, sem dúvida o melhor é o excelente Tribal Flood Network.

Smurf

Na minha opinião o mais devastador de todos os ataques. Envia pacotes ICMP (protocolo que informa condições de erro) spoofados para centenas, talvez milhares de sites. Envia-se os pacotes com o endereço IP da vítima, assim fazendo com que ela receba muitos pacotes ping de resposta ao mesmo tempo, causando um travamento total. Ainda não existe uma proteção eficaz contra esse tipo de ataque. Um programa bom (para Windows) que realiza o smurf é o WinSmurf.

Softwares Zumbis

Programas que automatizam o processo de causar um DoS em alguma máquina. São instalados em computadores estratégicos (como universidades, centros de pesquisa e outros) que possuem conexão rápida à Internet e configurados para atacar ao mesmo tempo. Se eu instalar o programa em vinte máquinas de diferentes endereços e configurá-las para enviar 10.000 pacotes cada uma, com certeza derruba qualquer host. Um programa muito utilizado para isso é o Tribal Flood Network. Trojans também são largamente usados para esse fim.

Diminuindo o impacto causado pelos ataques

O melhor procedimento para se adotar é procurar os sites do fabricante do sistema operacional e pegar atualizações para as falhas. Como é o caso do OOB(Winnuke). A Microsoft já colocou um patch de correção em sua homepage. Evitar o máximo de uso desnecessário da memória, assim dificultando um pouco os ataques. E sempre que puder, aumentar a capacidade de processamento e a memória RAM do sistema. Isso não vai impedir os ataques pois alguns não têm solução, mas só funcionam mesmo quando utilizados em larga escala. O Smurf por exemplo, para derrubar um computador pessoal é fácil, mas um grande host para cair seria preciso muitas pessoas realizando o ataque ao mesmo tempo. Ou a utilização do software zumbi. A não ser que tenha comprado briga com alguns crackers, pode ficar tranqüilo.

Sniffers

Os sniffers ou farejadores são o tipo de programas mais usados para conseguir senhas em uma rede. Eles ficam residentes na memória como um cavalo de tróia, analisando todo o tráfego que ali passa. Qualquer entrada ou saída de dados é capturada, seja em um servidor FTP, uma página de chat ou um e-mail digitado. O sniffer pega os pacotes recebidos em seu estado bruto e os transforma em texto puro para serem lidos. Sempre foram mais usados em sistemas Unix, mas ultimamente todos os outros sistemas contam com poderosos sniffers. Desde sniffers comercias como o excelente Íris até sniffers mais simples, como o tcpdump e sniffers de trojans.

Scanners

Todos sabemos que nenhum sistema é perfeito. Falhas em programas e sistemas existem sim e são uma ameaça à segurança. Geralmente ocorre do seguinte modo: um administrador acidentalmente descobre que algum recurso do seu sistema gera um erro em resposta a algum tipo de pedido. Para exemplificar, suponhamos que a rede em que o administrador trabalha só se comunica gerando mensagens de “olá”. Um dia ele escreve “alô” sem querer e descobre que ao enviar a mensagem para outra máquina, ela fica confusa e trava. Bem, a resposta deveria dizer “Desculpe, só olá aceito”. Foi descoberto um bug. Agora imagine que centenas de bugs são descobertos a cada dia e que o seu sistema “confiável” de hoje, pode ser destruído amanhã. Existem algumas saídas para fazer uma análise mais garantida. A primeira é que você se torne um completo nerd e conheça desde o primeiro ao último bug existente. Se você trabalha com mais de um tipo de sistema operacional então, boa sorte. Uma outra saída, infinitamente mais eficaz, é a utilização de scanners. São programas que analisam um sistema ou rede em busca de falhas de qualquer tipo. Existem dezenas de scanners diferentes, cada um com suas vantagens. Aprendendo melhor sobre eles, poderá se proteger melhor e evitar que algum invasor malicioso dê um passo à sua frente. Um programa para esse scanner é o haktec.

Esses são alguns vírus não tão conhecidos pela maioria dos usuários, espero ter ajudado, e não perca a parte 3.

retirado de: "O Guia do Hardware", de Marcos Flávio Araújo Assunção

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